A três crianças nasceram no fim da tarde desta
quarta-feira (2) na Maternidade Escola Januário Cicco. Segundo a direção do
hospital os bebês nasceram com 29 semanas e cinco dias. Por serem prematuros,
os três estão aos cuidados da Unidade de Terapia Intensiva (UTI). "Foi uma
cesárea. As três crianças nasceram bem, mas estão na UTI em função da
prematuridade. A mãe está no quarto e passa bem", explicou o diretor da
maternidade.
Maria Eduarda, Maria Helena e Maria Heloísa.
Esses foram os nomes escolhidos por Maria Dulcinéia da Silva - anã de 1,20
metro de altura. Na manhã desta quinta-feira
(3), Maria Dulcinéia viu pela primeira vez Maria Eduarda e Maria Helena. Ela
não conteve as lágrimas. "Eu estou muito feliz. Vi minhas filhas,
peguei nos pezinhos delas, vi que elas estão bem. Agora eu quero fazer por elas
o que minha mãe não fez por mim. Ela me deu pra outra família cuidar, mas eu
vou cuidar das minhas meninas", disse, emocionada.
A médica Patrícia Fonseca Bezerra, que realizou
o parto, explicou que Dulcinéia estava com desconforto respiratório e os bebês
deixaram de adquirir peso, por isso o parto foi feito na tarde de quarta-feira.
"Por causa do volume do útero houve diminuição da capacidade de expansão
pulmonar materna, que significa que a mãe estava com dificuldades para
respirar. Além disso, os bebês deixaram de adquirir peso e foi necessária a
intervenção", disse.
Depois que a história de Dulcinéia virou notícia
as doações não pararam de chegar. Ela mora sozinha no bairro Planalto, Zona
Oeste de Natal, e não tem contato com os pais biológicos nem com o casal que a
adotou. A gravidez não foi planejada e o pai das crianças a abandonou quando
soube da gravidez. "Graças a Deus eu ganhei muita coisa. Se não
fossem essas doações ia ser muito difícil porque eu não ia ter como comprar
coisa para as três. Pra um a gente sempre dá um jeito, mas pra três é mais
complicado", disse.
De acordo
com a obstetra Patrícia Fonseca, os bebês devem permanecer internados por pelo
menos mais dez semanas. Neste período, Dulcinéia também permanece no hospital
para acompanhar o crescimentos das filhas. "Vamos ficar aqui com
acompanhamento médico até elas estarem bem. Depois seremos só nós quatro. Eu
estou muito feliz", disse.
Fonte: G1/RN
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